O PODER MEDIOCRIZANTE DO COTIDIANO (viva-o ou transforme a sua vida)


Eu sempre tive a preocupação de não ter uma vida medíocre. As pessoas comumente erram ao interpretar o medíocre como algo muito ruim. Medíocre é simplesmente médio, ou seja, 50%. Nada demais ser 50% para algumas pessoas. Ter um emprego e ir lá todos os dias, para fazer basicamente a mesma coisa e, um dia, se aposentar com benefícios para, então, curtir a vida.
 
Nada contra quem escolhe isso para a sua vida, mas para a minha, quero muito mais. E, vejam que não estou falando de dinheiro, e sim de descobertas, de sonhos, de atividades e de ideias.
 
Eu sou um criativo. Minha vida é inventar e dar forma a coisas, objetos, projetos, ideias minhas e das pessoas que me cercam. E, por não ter uma boa memória, escrevo essas ideias em sketch books, folhas soltas, no bloco de notas do Ipad... E, todos os dias, tenho uma lista consolidada em cima de minha mesa, e dessa lista vão sair tanto os lembretes de trabalho quanto, por exemplo, comprar comida para os cachorros.
 
Meu dia é eclético do ponto de vista criativo e pensante. Hoje, por exemplo: são 5 horas da manhã. Às 8:30h terei que pegar um taxi e ir até o centro da cidade discutir com um prestador de serviços que mudou o projeto gráfico que fiz para uma frota de carros. O cara simplesmente se achou no direito de alterar o meu projeto, algo inadmissível caso não exista um impedimento técnico para fazer da maneira que concebi.
 
Hoje ainda farei pelo menos uma hora de musculação; criarei um story board para que o cliente aprove minhas fotos para os painéis de uma cafeteria; finalizarei o web site da Anas (sandálias e rasteirinhas / Leblon-RJ); trabalharei no projeto da Simek (joalheria / Gávea-RJ); Farei as artes finais das partes de design dos projetos arquitetônicos (são 5) da Senhor Expresso (franquia de coffee shops / Rio de Janeiro); desenharei um modelo de casinha de cachorro que não chova dentro e, se der tempo, ainda darei um mergulho na piscina antes das 18:30h – horário em que irei buscar meu filho na escola, para ainda assistir a última meia hora do judô. Ah, e se tiver mais algum tempo, vou trabalhar em uma ilustração de uma releitura do Capitão América que estou fazendo; em uma escultura em plastilina de um super-herói e ainda farei um alvo para o meu arco e flecha.
 
Em resumo: vou aproveitar cada minuto do meu dia, fazendo coisas diferentes e interessantes, ao invés de simplesmente ir trabalhar, cumprir uma rotina e voltar para casa. O poder mediocrizante do cotidiano não têm influência na minha vida, simplesmente porque não deixo que tenha.
 
Bom dia a todos!


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